E... o fim
Saí!
Abri a porta num rompante,
transtornada pela imagem que,
Mortalmente feria minha retina.
Corri!
A respiração
suspensa,
os lábios
ressecados, colados
Debilmente descorados.
Tropecei!
As pernas trêmulas,
inseguras
não
suportaram o peso, e
Pesadamente tombaram
sobre o asfalto.
Gritei!
De dor,
das dores que convulsionavam
Violentamente meu corpo.
Chorei!
Não
suportando a angústia
que queimava
Profundamente minha alma.
Adormeci!
Ali,
naquela rua,
suja,
Manchada,
de desgastes de pneus
Inundada,
de restos de líquidos
incertos,
Deformada,
pelos buracos abertos dia após
dia.
Desnasci!
Ali,
misturada e apodrecida,
Não
era corpo,
não
era alma,
Não
era massa,
não
era espírito
Era o desencanto,
Era o resto.
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