Genilse Lucas Pimenta Afinal, o que escorre entre os dedos? O tempo? A vida? Os sonhos? As lembranças? O viço da pele? A cor dos cabelos? Talvez, os dentes que se amarelam, ou desgastam? Somos sempre levados a pensar em multiplicidades... a mulher, a mãe, a trabalhadora, a amante, a filha, a frágil, a forte, a apaziguadora, a insana, a tia, a namoradinha, a outra, a profissional, a incansável...nunca temos sinônimos ou adjetivos que pareçam bastar. Por quê? Se usarmos uma metáfora esportiva, somos as atletas dos 400 metros com barreira, que no final das contas, tornam-se 80 ou 90 anos com barreiras. Temos que atravessá-las, todas. Por quê? Corremos sem parar nem ao menos para olhar nossos rastros. Somos incansáveis! Não! Definitivamente, não somos incansáveis! Não somos deusas da beleza, da fertilidade, da guerra, da paz, do amor, da luxúria, da colheita, dos destinos... Perdoem-me Afrodite, Ártemis, Deméter, Perséfone, Íris... Elas eram deusas, nós somos mulheres! Mulhe...
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