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Vazio

Não há vozes Não há arrepios na pele Não há cores, nem formas Não há dor... Não há tristezas Não há alegrias Não há sonhos, nem esperanças Não há saudades...

E... o fim

Sa í ! Abri a porta num rompante, transtornada pela imagem que, Mortalmente feria minha retina. Corri! A respira çã o suspensa, os l á bios ressecados, colados Debilmente descorados. Tropecei! As pernas tr ê mulas, inseguras n ã o suportaram o peso, e Pesadamente tombaram sobre o asfalto.

QUERIA - Genilse Lucas

Queria a mudez da ignorância, Queria a sensatez do silêncio, Queria a perseverança do anseio, Queria a rigidez da tolerância. Queria a meninice da infância, Queria a fuga no devaneio, Queria a ousadia do anseio, Queria a sabedoria da distância. Queria a ausência do pensamento Queria a tranquilidade do sonolento Queria a fé do impostor Queria o espírito do galhofento Queria a força do desprendimento. Queria o consolo da dor.

DOIS POEMAS - Genilse Lucas

Assim está a noite: desnoite! (des)acordada! Ouço os sons (des)naturais: Aves noturnas e trens! Pensamentos(des)controlados: Corpo (des)cansado! Olhos fechados imersos em imagens (des)focadas, Numa tentativa, quase inútil, de sonhar! Num (des)encontrar infinito com o desejo de (des)conectar o real e o irreal. Minutos e horas passando, numa espécie de (des)equilíbrio e (des)encantamento. E a (des)esperança do dia que (des)aponta.

Embriaguez

É assim o toque das mãos no corpo... Uma breve tontura como num estado de embriaguez. Um fio de suor escorre entre os seios e se dispersa no contato com a pele quente. Um cheiro de mulher que se encontra entre o anjo e o demônio entre a castidade e a insensatez Dos lábios o hálito quente que transita do desejo para o delírio Um instante de olhos fechados, as mãos encontradas, o estremecer dos sentidos, o êxtase que se aproxima... Um som, uma nota musical, num ritmo único Silêncio... Instantes depois... o estalar das línguas desejos satisfeitos... o aconchego dos corpos, grudados, plenos, ambiciosos... porque aguardam por mais. Genilse Lucas Pimenta

Um beijo...

Genilse Lucas Pimenta Um olhar tímido, Uma aproximação hesitante... Os dedos deslizando pela face tão quentes, tão suaves... quase um murmúrio. Trazem o rosto para perto, muito perto... Os suspiros se misturam. Lábios mornos e tensos que a ponta da língua percorre mansamente prevendo os sabores. Numa fração de segundo O coração para, A respiração falha, Os olhos se fecham, A pele nua arrepia por onde as mãos passam. Um formigamento no pescoço que se estende à nuca. O corpo reage, precisando prolongar o momento... Um cheiro – o seu cheiro – invade e entorpece os sentidos, provocando sensações antecipando o prazer. Mas... nada explica quando, finalmente os lábios se encontram, as línguas se movem em busca do outro... ... um beijo... É um instante de delírio No qual o outro se perde em você... E você... simplesmente, se encontra no outro. 03/04/2012.

Um Outro

Há sonhos que não pedimos para sonhar. Eles vêm, acomodam-se, preenchem todos os espaços e nos fazem sonhodivagar. Um Outro que me assola é um encantamento que não pedi. Um Outro que me assusta é um sonho que não quero sonhar. Minha alma, flutua perde-se... No espaço de um apaixonésimo de segundo. E, com ela, se vão todas as minhas razões! 15/02/2012