NATURALMENTE
(14/02/2012)
O vento morno toca
minha pele,beijando-me suavemente.
Traz com eleum cheiro almiscarado,
o cheiro do desejo,
um cheiro másculo.
Lágrimas forçam
passagem nos meus olhos.Retenho-as.
No alto do penhasco,
o vento, agora,
domina meu corpo.
É forte, é intenso,
abraça-me.
Abro-lhe os braços,
recebendo-o em mim.
Os cabelos,
ao seu sabor,
não desdenha sua ordem:Move-se, remove-se,
chicoteia meus lábios.
Tremores,
Espasmos,
inclino a cabeçae inspiro
para matar minha fome,
minha sede.
Retenho e vento,
saboreio o vento.
Ele está em mim,
sobre mim,
ao meu redor.
Já não é mais entardecer,
ainda não é anoitecer.Deixo-me, ali,
à beira do penhasco,
num hiatoele se foi.
A pele marcada pelo arrepio,
agora, esfriando...
Suspirando,
em transe
para o momento da despedida.
Após o momento do encontro
deixando somente
o não saber.
Nossa Gee!! muito bom! adorei o finalzinho "deixando somente", da pra sentir a imensidão! Bjo
ResponderExcluirEssa minha amgiga é mesmo especial... sua paixão transborda em suas crônicas, seus amores, se esparram no vento de suas poesias...
ResponderExcluirParabéns, mais uma vez!
Bjs
Li
A poesia exala nos poros da sua alma e do seu coração...néee minha linda cunhada....bjs
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